Embora em boa parte do tempo eu esteja feliz e cantarolando, há momentos em que meu bom humor se vai, e eu simplesmente me entristeço com tudo e com todos. São nessas horas que eu mato meu ego e clamo por apoio, e o lugar da onde vem esse Apoio é que eu quero falar.
Bom, quero separar o apoio em 3 tipos: Fraternal, Conjugal e Celestial. Por que separar em tipos? Bom, é mais simples de explicar as diferenças entre expectativa e apoio real em cada caso, além de ser mais simples para exemplificar, enfim, o Post em si:
Fraternal: Embora lembre muito de irmãos ou amigos, apoio fraternal é aquele que ambos se apoiam, podendo ser bem amplo o nível de relacionamento desse caso de apoio.
Quando o apoio é fraternal, normalmente, não temos grandes ambições ou necessidades de recebê-lo (entenda-se que desejamos mais apoio, do que o fraternal pode oferecer, ou confundimos apoio conjugal e fraternal), ele é plenamente espontâneo, e quando retirado, sim apoios podem ser retirados, normalmente não nos derruba, embora cause alguma instabilidade.
Eu gosto de imaginar dois amigos apoiados lado-a-lado, se apoiando mutuamente, e quando um sai, o outro ainda tem tempo de reagir.
(Uma ilustração pra ajudar a entender a ideia)
Conjugal: Bom, pelo nome, eu já deixei exclusivo para um relacionamento esse tipo de apoio.
Esse caso de apoio acontece, na maior parte dos casos, em relacionamentos conjugais, mas preciso deixar claro, que há exceções.
Dois fatores descrevem bem esse tipo de apoio: a carência e a estabilidade.
> Carência: Esse caso de apoio exige que uma das partes seja carente, embora ambos possam se apoiar, isso não pode acontecer sem ao menos um estar firme. Logicamente, o outro lado será o carente.
> Estabilidade: A confiança é a chave da estabilidade nesse caso de apoio, porque ambos os lados se apoiam cegamente, em caso de algum lado se retirar a queda é inevitável (inevitável, porém passiva de recuperação, óbvio)
Um ótimo exemplo desse tipo de apoio, é imaginar duas pessoas se apoiando de costas, pois quando um se retira o outro apenas sente, e cai.
(Outra ilustração para exemplificar)
Celestial: Bom, como o nome desse tipo traz claramente a imagem de Deus, é apenas praxe dizer que Deus é o maior exemplo de apoio, não?!
Nesse caso, como nos outros, nós podemos ver exceções, mas nesse é bem incomum, porque Deus é o exemplo maior a seguir nesse caso, e é realmente difícil seguir o padrão de Deus (cabe a nós tentarmos dia após dia).
O apoio celestial tem duas características vitais: é opcional e incondicional.
> Opcional: depende EXCLUSIVAMENTE de nossa decisão (lembrando que não precisa ser Deus o apoiador, mas normalmente é Ele), para que o apoiador nos estenda a mão, e nos carregue no colo (que é, sem dúvida, a melhor imagem pra representar esse caso)
> Incondicional: enquanto você aceitar, esse apoio não volta atrás, não se arrepende, não termina, jamais! O padrão de Deus é perfeito, e mesmo quando uma pessoa te oferece esse apoio (cabe aqui um exemplo: um pai que pula na água para salvar o filho, ele só depende que o filho permita salvá-lo, e jamais, creio eu que esse valor nunca se perderá, ao menos torço, jamais desistirá no meio do caminho) essa característica está presente.
(A última ilustração)
Bom, definitivamente o apoio de Deus é o que eu devo buscar, mas tirando a parte óbvia, que tipo de apoio nós oferecemos? Qual apoio nós procuramos? Uma pergunta que muito me incomoda, estamos prontos pra apoiar (e sermos apoiados) cegamente alguém?
Tentar dia após dia, apoiar como Deus apoia é, sim, um desafio. Aceitar o apoio dEle também, porque significa ser carregado, perder o controle, estar nas mãos de Deus. "Ah mas isso é bom!". Sim, é bom, e não traz nenhuma consequência ruim, mas não cabe a mim dizer que é fácil, pois precisamos diariamente buscar por Ele e nos perdermos de nós.
"Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, que o segura pela mão direita e lhe diz: Não tema; eu o ajudarei."
(Is 41:13)
Com um dos meus versículos favoritos, eu me despeço, fiquem com Deus.